Neuropsicanálise

Neuropsicanálise é um movimento dentro da neurociência e da psicanálise para combinar os conhecimentos de ambas as disciplinas para uma melhor compreensão da mente e do cérebro, considerando sem dúvida, a revisão de um dos principais e relegados trabalhos do jovem neurologista Sigmund Freud (1856 — 1939) o seu Projeto de uma psicologia para neurologistas (Entwurf einer Psychologie), de 1895, somente publicado 12 anos após a sua morte. Supõe-se que rejeitado pelo próprio Freud que de fato não o publicou e avançou progressivamente em conceitos desconhecidos em sua época para a psicologia, sem os requisitos da ciência neurológica, que temos hoje, para os aferir

Um dos motivos dessa revisão é obviamente o grande avanço da neurociência nesses últimos tempos. A relevância que assumiu a psicofarmacologia, estratégia abandonada por ele desde seus experimentos com a cocaína publicados em 1884, e especialmente as conquistas que o método anatomo-clínico, de ampla difusão na neurologia de sua época, obteve com a tecnologia da bioimagem.

Freud

Pelo fato de Freud ter iniciado sua carreira como neurologista, muitos neurologistas contemporâneos proeminentes tem significativa consideração pela psicanálise quando comparados a outros campos da psicologia, como a Psicologia experimental. Como resultado, o grupo neuropsicanalítico tem sido capaz de obter informações úteis de um número de neurocientistas distintos, tais quais: António Damásio, Oliver Sacks, Eric Kandel, Vilayanur S. Ramachandran, entre outros.